CARACTERIZAÇÃO DE LESÕES EM UMA UTI DE HOSPITAL PRIVADO

Área: Enfermagem

Daniela de Oliveira Cardozo
UNISINOS

dd.cardozzo@hotmail.com

Daniela de Oliveira Cardozo
Carmen Maria Lazzari

INTRODUÇÃO - O paciente hospitalizado tem grande potencial para desenvolver lesões especialmente o paciente de UTI possui agravantes devido ao tempo de internação, gravidade, uso de drogas vasoativas, hemodiálise, mobilidade prejudicada. OBJETIVOS- Realizar o levantamento de incidência de lesões do tipo úlcera por pressão (UP), dermatite associada à incontinência (DAI) e Skin Tears em pacientes internados em uma UTI de hospital privado e avaliar os fatores demográficos e clínicos envolvidos no desenvolvimento das mesmas. MATERIAL E MÉTODOS - Estudo retrospectivo, descritivo, com abordagem quantitativa, realizada entre janeiro e março de 2014. A instituição possui um protocolo para prevenção e tratamento de UP, DAI e Skin Tears em uso desde julho de 2013. Para detectar o risco de desenvolver UP é aplicada a escala de Braden na internação do paciente e a cada alteração no seu quadro ou 48 horas. Semanalmente é realizada busca ativa onde é comparada a lesão presente com os dados constantes nos informativos. Para compor a gravidade dos pacientes, foi observado o uso de terapêuticas como ventilação mecânica, vasopressor e necessidade de terapia dialítica. RESULTADOS E DISCUSSÃO - foram excluídos três menores de 18 anos, 15 reinternações no período da pesquisa e 11 pacientes que internaram com algum tipo de lesão, sendo selecionados 375 pacientes, com uma média da Escala de Braden de 12 (dp±3,2). Do grupo avaliado, 50 (13,3%) desenvolveram algum tipo de lesão, totalizando 64 lesões. Ocorreram 28 lesões tipo UP (56%) perfazendo uma incidência de 7,5%, 19 Skin Tears (38%), com incidência de 5%. Quanto à DAI, 17 (34%), incidência de 4,5%. A predominância de lesões foi em pacientes do sexo masculino (27-54%), média de idade 75±14,8 anos, mediana de tempo de permanência de 14 dias, sendo que 11 (22%) evoluíram para o óbito. A ventilação mecânica foi utilizada em 37 pacientes (74%), droga vasoativa em 31 (62%) e hemodiálise em 19 (38%). CONCLUSÃO - Observou-se que a gravidade dos pacientes, o tempo de internação e a idade contribuíram para o surgimento dessas lesões. São necessários mais estudos para que possamos construir índices nacionais de UP, DAI e Skin Tears.