O ACOMPANHANTE NA UTI ONCOLÓGICA, RELAÇÃO COM O PACIENTE E AS IMPLICAÇÕES DA EQUIPE: A CONTRIBUIÇÃO DA BIOÉTICA

Área: Psicologia

Ana Heloisa Mendes Zema
HOSPITAL DO CÂNCER DE CASCAVEL UOPECCAN

heloisa_zema@yahoo.com.br

Ana Heloisa Mendes Zema
Maria Inês A.A. Melo
Pericles A. D. Duarte
Delmiro Becker
Carolina Bertinato
Giovana Kreuz
Waldir Souza

Introdução: O estudo realizado destina-se ao levantamento de dados referente ao acompanhante (cuidador) na UTI oncológica através da avaliação psicológica diária, junto a equipe e ao paciente, destinado a melhoria do cuidado físico, emocional e social do paciente. O processo de adoecimento é um dos grandes desafios de todo o ser humano. Conviver com o sofrimento físico, psíquico, perda da autonomia e identidade é um fator a ser considerado. A bioética enquanto ciência tem contribuído no campo da saúde com os dilemas da atualidade, como o resgate da autonomia, enquanto autodeterminação do paciente para a tomada de decisões sobre sua própria vida, saúde. Objetivo: Levantar através da prática em UTI as relações estabelecidas entre paciente e acompanhante e a implicação da equipe, correlacionadas com o principio de autonomia da bioética. Material e Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica de literatura e a prática da assistência psicológica mediante a análise dos discursos dos pacientes adultos e acompanhantes. O critério desta pesquisa teve como base a permanência do cuidador na UTI e a condição física do paciente para que o cuidador permanecesse na UTI. O cuidador somente torna-se efetivo quando o paciente apresenta-se acordado, contactuante com a realidade, sem sedação, com Glasgow acima de 9. Os critérios de exclusão são pacientes entubados, sedados, não contactuantes com a realidade. Foi realizado um levantamento do período de 02/03/15 a 29/05/15. Resultados: Foram realizados um total de 181 atendimentos, sendo 105 atendimentos a pacientes com acompanhantes e 76 sem acompanhantes. O número de pacientes com acompanhante é 76 e sem acompanhantes 69. Dos atendimentos psicológicos 43 foram atendidos uma vez, 16 duas vezes, 15 três vezes, 4 uma vez e 5 uma vez. Conclusão: O estudo realizado na UTI oncológica enfoca a importância da comunicação efetiva entre cuidador, paciente e equipe para estabelecimento de vínculo, autonomia, segurança e confiança do paciente. Este trabalho é construído diariamente na tentativa de melhorar a qualidade da comunicação, autonomia, afeto e cuidado que envolve todos os integrantes citados nesta pesquisa. A bioética tem uma contribuição fundamental no campo da saúde a relação paciente, equipe e cuidador na UTI oncológica faz-se necessário o princípio de autonomia como forma de recurso na tomada de decisão, o paciente precisa ser o agente de sua própria vida, saúde, e a equipe facilitadora desse diálogo.