PRINCIPAIS CAUSAS DA INTERRUPÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO DE DIETA ENTERAL EM PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE JOINVILLE/SC.

Área: Nutrição

Natalia Knoll Scatone
HOSPITAL MUNICIPAL SÃO JOSÉ

natalia.ks@hotmail.com

Natalia Knoll Scatone
Neiva Inez Medeiros
Beatriz Boing Schreiner
Jamille Reis Santana

Introdução e Objetivos: Uma inadequada ingestão energético-proteica pode influenciar no prognóstico do paciente crítico contribuindo para a incidência de desnutrição e consequentemente para o aumento da taxa de infecção, dificuldade de cicatrização, aumento do tempo de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), elevação dos custos com cuidados hospitalares, das taxas de morbidade e mortalidade, dentre outros prejuízos. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar as causas de interrupção na administração da dieta enteral em pacientes críticos de um Hospital Público de Joinville/SC. Material e Métodos: Trata-se de um estudo do tipo transversal, realizado nos pacientes admitidos nas Unidades de Terapia Intensiva Geral e Neurocirúrgica de um hospital público de Joinville/SC. Resultados e Discussão: Foram incluídos nesse estudo 54 pacientes, com predomínio do sexo masculino (65%, n = 31), e idade inferior a 30 anos (27%, n = 13). Observou-se que o principal motivo da interrupção na administração da dieta enteral foi o jejum para procedimentos cirúrgicos (29%). Em seguida, foram atrasos sem justificativa (13%), distensão abdominal (11%), instabilidade hemodinâmica (10%), retirada de sonda (10%), realização de exames (8%), diarreia (4%) e obstrução de sonda (4%). Causas de interrupções de dieta podem estar relacionados com causas externas, como endoscopia, exames, cirurgia, entre outras, sugerindo implantar controles que agilizem esses processos. Conclusão: A principal causa de interrupção de dieta enteral foi o jejum pré-operatório, seguido de atrasos não justificados, distensão abdominal e instabilidade hemodinâmica. É necessário que ocorra um adequado monitoramento das causas que interferem na administração de dieta enteral. Embora a conduta do jejum em algumas situações seja necessária, é importante instituir programas de controle de qualidade para melhorar e otimizar a terapia nutricional enteral.