ASSOCIAÇÃO ENTRE PRIORIDADE CLINICA E RISCO NUTRICIONAL EM PACIENTES ADMITIDOS NA EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE PORTO ALEGRE

Área: Enfermagem

VANESSA FATIMA SCHONS
SERVIÇO DE EMERGÊNCIA DO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO - PORTO ALEGRE (RS)

vaneschons@hotmail.com

VANESSA FATIMA SCHONS
SILVIA FATIMA FERRABOLI
FLÁVIA MORAES SILVA
CAMILA PRESTES PINHEIRO

INTRODUÇÃO: O sistema Manchester de classificação de risco visa determinar a prioridade clinica de pacientes na admissão hospitalar. Considerando-se a elevada morbimortalidade associada à desnutrição hospitalar, a triagem de risco nutricional deveria ser realizada nas primeiras 48-72 horas após a admissão hospitalar. Não foram identificados na literatura científica estudos que abordassem a relação entre prioridade clínica e risco nutricional de pacientes na admissão hospitalar e a aplicabilidade da prioridade clínica estabelecida pelo protocolo Manchester em identificar risco nutricional. OBJETIVO: Avaliar a possível associação entre prioridade clínica e risco nutricional em pacientes admitidos na emergência de um hospital público de Porto Alegre. MÉTODOS: Estudo transversal, com pacientes adultos, lúcidos e com capacidade de locomoção. A avaliação do risco nutricional através da ferramenta Malnutrition Universal Screening Tool (MUST) ocorreu em até 48 horas após a admissão hospitalar. Dados clínicos, sócio demográficos e classificação de prioridade clínica pelo protocolo de Manchester foram coletados do prontuário médico. O teste Qui-quadrado foi realizado para avaliar a associação entre as variáveis (SPSS 18.0). RESULTADOS: Foram avaliados 403 pacientes (55,3% mulheres; 82,1% brancos, 54,2 +15,78 anos), sendo a maioria classificada quanto à prioridade clínica, pela cor amarela (66,5%), seguido pelas cores laranja (17,9%) e verde (14,9%). Quanto ao risco nutricional, 64,8% apresentaram baixo risco, 15,6% risco moderado e 19,6% risco alto. Não foi observada associação significativa entre as categorias de prioridade clinica do Manchester e de risco nutricional do MUST (p=0,352). CONCLUSÃO: Não foi observada associação entre prioridade clinica e risco nutricional, indicando a necessidade de uma avaliação de risco nutricional complementar a classificação do Manchester em pacientes admitidos na emergência.