PERFIL DOS DOADORES DE ÓRGÃOS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RIO GRANDE DO SUL

Área: Enfermagem

Patrícia Cristina Cardoso
HCPA

patricia.cardoso@acad.pucrs.br

Patrícia Cristina Cardoso
Ivana Duarte Brum
Aline dos Santos Duarte

Introdução: A doação de órgãos tem início na UTI com a suspeita da morte encefálica e com os exames que diagnosticam os potenciais doadores. Durante o processo, deve-se manter fisiologicamente os órgãos desse potencial doador, pois a morte encefálica acarreta alterações hemodinâmicas, respiratórias, de equilíbrio hormonal e hidroeletrolíticas, que devem ser devidamente corrigidas a fim de viabilizar os órgãos passíveis para transplantes. Concomitante a manutenção e, após a confirmação da ME, deve ocorrer a entrevista familiar para a doação de órgãos. Objetivo: Conhecer o perfil do doador efetivo de múltiplos órgãos de um hospital universitário do interior do RS. Material e métodos: Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo. Para a obtenção dos dados foi feito um levantamento dos doadores efetivos de múltiplos órgãos nos relatórios de óbitos da CIHDOTT da instituição estudada, no período de 2008 a 2014. Os dados encontrados foram analisados por meio de uma abordagem estatística descritiva. Foram categorizados por causa da morte, sexo e idade. Resultado e discussão: Dos 129 protocolos de morte encefálica realizados neste período, somente 44 pacientes foram doadores efetivos de múltiplos órgãos. As causas dos óbitos foram 21(48%) cardiovasculares, o trauma em 14 (32%), 3 (7%) casos de meningite, 3 (7%) por anóxia cerebral, 2 (4%) casos oncológicos e 1(2%) por choque elétrico. Foram 25 (57%) doadores efetivos do sexo masculino e 19 (43%) do sexo feminino. Quanto a idade 14 (32%) estavam na faixa etária dos 18 aos 34 anos, 11(25%) dos 50 aos 64 anos, 8 (18%) de 1 a 17 anos, 7(16%) dos 35 aos 49 anos, 3 (7%) acima dos 65 anos e 1(2%) com idade desconhecida. Conclusão: Concluímos que houve predomínio das causas cardiovasculares, do sexo masculino e da faixa etária dos 18 aos 34 anos.