COMA MIXEDEMATOSO: RELATO DE CASO

Área: Medicina

Lucas Freire Bruxel
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

wachacha@outlook.com.br

Lucas Freire Bruxel
Luana Severo Vasconcellos
Mateus Silva Sobreira
Diego da Rosa Miltersteiner
Juan Diego Soares Zambon
Lucas Silva Sobreira

INTRODUÇÃO E OBJETIVOS O coma mixedematoso é uma condição clínica, que se manifesta em pacientes com hipotireoidismo primário ou secundário, de longa duração, e não tratados. É uma condição mais comum em mulheres devido a incidência de hipotireoidismo primário ser maior naeste grupo, principalmente em idosos. Trata-se de emergência metabólica e cardiovascular que está associada à mortalidade próxima de 50%. O quadro pode ser precipitado por infecção, trauma, ICC e hemorragias gastrointestinais A clínica, com hipotireoidismo, é suficiente o diagnóstico. Esta inclui alteração de consciência, alteração da termorregulação, e a presença de um fator precipitante. O objetivo do trabalho é relatar um caso atípico de coma mixedematoso. MATERIAL E MÉTODOS O material foi coletado de dados do prontuário do paciente e analisados posteriormente. RESULTADO E DISCUSSÃO Paciente A.A.S., 61 anos, etilista e tabagista, internou por hemorragia digestiva alta decorrente do uso de AINE para tratamento de lombalgia devido a discopatia lombar, sem apresentar diminuição da força e sensibilidade. Paciente apresentava hiperpigmentação cutânea. Os resultados dos exames mostravam VSG, creatinina, cálcio e potássio elevados. TSH de 16,1 mcgUI/L e T4L de 0,49, sendo iniciado tratamento com levotiroxina. Paciente evolui com piora, sendo internado em UTI, apresentando confusão, instabilidade hemodinâmica, mixedema difuso e hipotireoidismo, esforço respiratório com SaO2 de 39% e FR de 22 irpm. Ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares uniformemente distribuídos e crepitantes bilaterais. Ausculta cardíaca com ritmo regular, 2 tempos, sem sopros e pressão arterial média de 120mmhg. Posterior, paciente evolui com choque séptico, sendo iniciado piperacilina-tazobactam, e insuficiência renal aguda com necessidade de hemodiálise. Apresenta piora dos padrões hemodinâmicos, sendo necessário aumentos progressivo de drogas vasoativas. Ao fim, evolui com parada cardio-respiratória em AESP, levando ao óbito. CONCLUSÃO O coma mixedematoso, apesar de ser uma condição rara, tem de alta mortalidade mesmo com o diagnóstico e tratamento precoces. Sendo necessário um tratamento mais efetivo e cuidadoso do fator inicial, o hipotireoidismo. Somado a prevenção do coma mixedematoso, a lembrança e a suspeita da possibilidade de sua ocorrência são essenciais para uma mudança de mortalidade, mesmo em pacientes do sexo masculino e jovens.