PERFIL DOS PACIENTES QUE REALIZARAM GASTROSTOMIA / JEJUNOSTOMIA APÓS ALTA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Área: Nutrição

Katherinne Barth Wanis Figueirêdo
HOSPITAL REGIONAL HANS DIETER SCHMIDT

katherinne.bwf@hotmail.com

Katherinne Barth Wanis Figueirêdo
Carina Pensky May
Ana Luiza Pfutzenreuter Nunes

Introdução: Após alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), quando o prognóstico inclui perda da autonomia, é necessária a realização de gastrostomia/ jejunostomia como forma de alimentação. Objetivo: Verificar o perfil e o desfecho clínico dos pacientes que realizaram gastrostomia/ jejunostomia após alta da UTI. Material e Métodos: Trata-se de um estudo transversal retrospectivo, desenvolvido com prontuários de pacientes, que após alta da UTI, por não possuírem condição de se alimentar por via oral, realizaram gastrostomia/ jejunostomia. Resultados e Discussão: A amostra foi de 10 pacientes, sendo 50% idosos e 50% adultos. A média de idade foi de 59 anos, inferior ao encontrado em outros estudos. Houve maior prevalência do sexo masculino (70%) diferindo da literatura. Quanto aos dados antropométricos e bioquímicos, obteve-se peso corporal médio de 54Kg, estatura média de 1,66m, IMC médio de 19,7Kg/m² e albumina sérica média de 2,2g/dL. Em análise prévia aos procedimentos, constatou-se que 80% da amostra apresentou perda de peso nos últimos 6 meses, 60% foi diagnosticada com desnutrição, 90% fez uso de SNE e 90% foi avaliada pela fonoaudióloga. Ao classificar o estado nutricional de acordo com a idade, 100% dos idosos, apresentava desnutrição, o que vem de encontro a outros estudos. Ao contrário do encontrado neste estudo, os idosos compreendem a maioria da população que possui gastrostomia/ jejunostomia. As patologias de base que justificaram o procedimento foram encefalopatia mioclônica pós-parada cardiorespiratória (20%), disfagia (20%) e demência (20%). Identificou-se que 60% não apresentou complicações após o procedimento, entretanto, as de maior incidência foram extravazamento de dieta pelo orifício (20%), perda da sonda (10%) e infecção da ferida cirúrgica (10%). Conclusão: Os achados do presente trabalho sugerem que o acompanhamento nutricional dos pacientes é imprescindível devido ao estado nutricional prévio e as complicações após o procedimento.