AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE E FORÇA MUSCULAR EM SOBREVIVENTES DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Área: Fisioterapia

Marcela Gomes Ferreira
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ

marcelagf.fisio@gmail.com

Marcela Gomes Ferreira
Letícia Dubay Murbach
Nataniel Matheus Neitzke
Marizane Pelenz
Daniela Siviero
Mônica Mariana de Moraes
Aline da Silva
Jéssica Aline Krebs
Carlos Eduardo Albuquerque
Marcela Aparecida Leite
Erica Fernanda Osaku
Claudia Rejane Lima de Macedo Costa

INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A sobrevida pós-alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) tem aumentado, porém complicações decorrentes da permanência prolongada contribuem para piora nas habilidades funcionais. O objetivo foi avaliar a repercussão na funcionalidade e força muscular (FM) após permanência em UTI. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo observacional descritivo realizado em um hospital universitário de janeiro a junho de 2014. Critérios de inclusão: internamento na UTI e retorno para avaliação ambulatorial três meses após a alta da UTI. Foi realizado um protocolo de fisioterapia motora duas vezes ao dia durante o internamento. O índice de Barthel foi utilizado para avaliar independência funcional, sendo aplicado na alta e na avaliação ambulatorial. A Medical Research Council (MRC) foi realizada diariamente e também na avaliação ambulatorial. Os testes da análise estatística foram Wilcoxon e Friedman considerando p < 0,001, calculados pelo MedCalc software. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No período houve 151 admissões desses 36 foram á óbito e 50 retornaram ao ambulatório, compondo assim a amostra. Dos participantes, 62% eram do sexo masculino, 84% ficaram em ventilação mecânica, com média de 129 horas e o tempo de internamento na UTI foi de 9 ±6 dias. As principais causas de admissão foram pacientes clínicos não neurológicos 30%, trauma com TCE 22% e clínicos neurológicos 20%. A idade média foi de 48 ±18 anos, representando indivíduos economicamente ativos, o paciente grave pode apresentar declínio funcional interferindo na realização de suas atividades laborais, mesmo após cinco anos do internamento, comprometendo a qualidade de vida, conforme a literatura atual. O índice de Barthel avaliado no ambulatório foi de 83,7 pontos e o de alta da UTI de 26,9 (p < 0,0001). A FM do ambulatório 50,9 pontos e o da alta 32,2 (p < 0,00001). CONCLUSÃO: A funcionalidade e FM melhoraram, demonstrando que a realização de atividades motoras precoces refletem positivamente na qualidade de vida.