PACIENTE PÓS-TRANSPLANTE RENAL EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA (UTIP): UM RELATO DE CASO

Área: Enfermagem

Jamile Dutra Correia
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE (UFCSPA)

jamiled@ufcspa.edu.br

Jamile Dutra Correia
Letícia Silva de Andrade
Daiane da Silva Gonçalves Veçossi
Simone Travi Canabarro
Roberta Waterkemper
Gisele Carvalho
Ernani Bohrer da Rosa
Daniélle Bernardi Silveira
Paulo Ricardo Gazzola Zen
Rafael Fabiano Machado Rosa

Introdução: Na infância, o impacto de uma doença crônica, como a insuficiência renal crônica (IRC), implica em restrições no crescimento e no desenvolvimento. A criança com IRC em estágio terminal tem a opção de se submeter a um transplante renal de doador vivo ou cadáver humano, entretanto só existe indicação deste procedimento em pacientes pediátricos com idade superior a 6-8 meses de vida. Objetivo: Relatar o caso clínico de uma criança submetida a transplante renal. Materiais e Métodos: Realizou-se a descrição do caso, juntamente com uma revisão da literatura. Resultados e Discussão: Criança de 2 anos, masculino, sem intercorrências no período neonatal. Aos 8 meses, o paciente apresentou sinais e sintomas de síndrome hemolítico-urêmica, com diarreia sanguinolenta, realizando diálise peritonial na época. Com 1 ano e 6 meses, o paciente foi submetido à colocação de cateter de Tenckoff para a realização de diálise peritoneal e colocou-se o seu nome na lista de transplante renal. Ao ser hospitalizado para ser submetido ao transplante renal, a criança apresentou diurese de aproximadamente 200 mL/dia. No pós-operatório tardio, ela se apresentava em bom estado geral. O abdome mostrava-se depressível e indolor à palpação. O cateter de Tenckoff localizava-se no quadrante superior esquerdo. As extremidades estavam aquecidas, perfundidas e edemaciadas. Dentre os cuidados, iniciou-se uma dieta pobre em potássio, além de controle da ingesta hídrica. Realizou-se diálise peritoneal com banho de 600 mL, com permanência de 30 minutos durante 12 horas. Conclusões: A reabilitação da criança transplantada é bastante importante. A garantia do sucesso pós-transplante depende diretamente da assistência multiprofissional, que requer conhecimento especializado somado às orientações necessárias aos familiares. Estes darão continuidade na vigilância do crescimento e no desenvolvimento da criança, o que possibilitará uma vida mais saudável ao paciente.