CUIDADOS COM PACIENTES EM ISOLAMENTO DE CONTATO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI): UM RELATO DE CASO

Área: Enfermagem

Jamile Dutra Correia
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE (UFCSPA)

jamiled@ufcspa.edu.br

Jamile Dutra Correia
Állany Silva Klein
Jaqueline Lopes da Rocha Santos
Rita Catalina Aquino Caregnato
Ariane Baptista Monteiro
Emerson Matheus Silva Lourençone
Ernani Bohrer da Rosa
Daniélle Bernardi Silveira
Paulo Ricardo Gazzola Zen
Rafael Fabiano Machado Rosa

Introdução: Estima-se que mais de 50% dos pacientes hospitalizados nas UTIs estejam contaminados ou infectados com microrganismos que exigem isolamentos adequados. Uma das principais contaminações ou infecções é causada pela bactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), um microorganismo resistente a antibióticos devido a uma enzima produtora de carbapenemase, sendo transmitida de maneira direta, ou seja, por contato, ocasionando a contaminação cruzada. Objetivo: Relatar um caso de uma paciente e as melhores maneiras de prevenir a contaminação cruzada. Materiais e Métodos Realizou-se a descrição do caso, juntamente com uma revisão da literatura. Resultados e Discussão: A paciente H.M., 77 anos, feminina, hospitalizada na UTI por edema agudo de pulmão. Possuía história prévia de tromboembolismo pulmonar e de pneumonia por pseudomonas aeruginosa associada à ventilação mecânica (VM). Em Abril, a sua hemocultura foi positiva para Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase. A paciente encontrava-se em Glasgow 11, em uso de VM por traqueostomia com FiO2 de 30% e PEEP de 5. Ela estava recebendo dieta por sonda entérica e possuía acesso venoso central em veia subclávia esquerda. A diurese era realizada em fraldas. As extremidades estavam perfundidas com edema de 3+/4+. Os pacientes contaminados ou infectados por bactérias multirresistentes precisam permanecer em isolamento o restante da hospitalização e durante um ano após a alta se voltarem a ser admitidos no hospital. Uma maneira de reduzir a transmissão de infecções é através de estratégias específicas, como a higienização das mãos (HM) e a adesão às precauções padrões e adicionais. Conclusões: É necessário que a equipe multiprofissional seja treinada e que seja reforçada constantemente a importância da HM e o uso dos EPIs durante o cuidado. Apenas com profissionais conscientizados será possível a redução das taxas de contaminação cruzada e, consequentemente, realização de uma prática mais segura.