MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR E ÂNGULO DE FASE COMO PREDITORES DE ESTADO NUTRICIONAL E DE MORBIMORTALIDADE EM PACIENTES CRÍTICOS CIRÚRGICOS

Área: Nutrição

Thainá Gattermann Pereira
GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO

thainagattermann@hotmail.com

Thainá Gattermann Pereira
Flávia Moraes Silva

Introdução e Objetivos: A desnutrição é altamente prevalente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Os métodos tradicionais de avaliação nutricional são limitados nas UTI devido às condições clínicas dos pacientes, sendo necessária a avaliação da aplicabilidade de métodos alternativos. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar o desempenho do Músculo Adutor do Polegar (MAP) e do Ângulo de Fase (AF) em predizer estado nutricional e morbimortalidade de pacientes críticos cirúrgicos. Material e Métodos: Trata-se de um estudo de coorte realizado com pacientes críticos cirúrgicos, maiores de 18 anos, de ambos os sexos que consentiram em participar com a assinatura do TCLE, os quais foram acompanhados desde o ingresso na UTI cirúrgica até o momento da alta hospitalar. Dados sociodemográficos, história mórbida pregressa, motivo da internação e tipo de cirurgia realizada foram coletados do prontuário eletrônico. A avaliação nutricional foi realizada em até sete dias após a admissão na UTI e incluiu Avaliação Subjetiva Global (ASG), MAP, AF, circunferência do braço, altura do joelho (para estimativa de peso e estatura) e circunferência da panturrilha. Os desfechos avaliados foram tempo de internação hospitalar (TI), tempo de internação na UTI (TIU) e mortalidade. Resultado e Discussão: Foram avaliados até o momento 24 pacientes (70% homens, idade média de 62,611,4 anos), dos quais 54% foram submetidos à cirurgia eletiva e 16% foram a óbito durante a internação. O coeficiente de correlação entre AF e TI e TIU foi -0,397 (p=0,103) e -0,464 (p=0,026), respectivamente. Quando comparados sobreviventes (5,6º 1) e não sobreviventes (4,8º0,59) foi observada uma tendência na diferença de AF entre os grupos (p=0,08), não havendo diferença nos valores de MAP. Conclusão: Observa-se uma correlação significativa entre o AF e tempo de internação na UTI e uma tendência em o AF predizer mortalidade.