ESTRUTURA DE ROUND MULTIDISCIPLINAR EM TERAPIA INTENSIVA ADULTO

Área: Enfermagem

Geferson Antônio Fioravanti Junior
ESCOLA DE SAÚDE UNISINOS MÃE DE DEUS

gefersonfioravanti@gmail.com

Geferson Antônio Fioravanti Junior
Andrea Blanco Alves
Michelini Fraga
Tiago Sosin Meregalli
Andrea Diez Beck
Jaqueline Holz Machado
Fabio Silva da Rosa
Érica Batassini
Fernanda Balestrin Pastro Harkovtzeff

Introdução: A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é caracterizada pela complexidade dos processos e das tecnologias e pela dinâmica e rapidez com que as decisões ocorrem, sendo um local com alto risco de eventos adversos. Sabe-se que grande parte desses eventos são causados por falhas na comunicação e que são necessárias estratégias que busquem a comunicação efetiva e a prevenção de erros, como a implantação de rounds multiprofissionais. Objetivo: Descrever a organização e o método utilizados no round multiprofissional em uma UTI adulto de Porto Alegre. Método: Estudo descritivo acerca de um relato de experiência. Resultados e discussão: Os rounds são realizados à beira do leito, no turno da manhã e tem duração aproximada de uma hora. São acompanhados pelos seguintes profissionais: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, serviço de controle de infecção hospitalar, acadêmicos de enfermagem e residente de terapia intensiva. O round é direcionado à formulação do plano de cuidados diário e metas mensuráveis a serem atingidas nas próximas 24 horas, incluindo pausa diária de sedação, desmame ventilatório, nutrição, eliminações, mobilização, remoção de dispositivos, exames, condições e preparo para a alta, questões psicossociais e definição de cuidados paliativos. Como limitações, observa-se que esta prática ainda não é realizada em finais de semana e feriados e que o plano assistencial ainda não possui registro em prontuário, limitando-se ao checklist à beira do leito. Conclusões: Considera-se que os rounds multidisciplinares facilitam a comunicação, otimizam o planejamento do cuidado e facilitam a construção de uma cultura voltada para a segurança do paciente. Entretanto, são necessários estudos futuros para avaliar o impacto desta prática na qualidade assistencial e nos desfechos apresentados pelo paciente.