INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL E QUALIDADE DE VIDA APÓS ALTA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Área: Fisioterapia

Franciele Aline Norberto Branquinho Abdala
CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA DO IPA

franaline2008@hotmail.com

Franciele Aline Norberto Branquinho Abdala
Maya de Menezes Farias
Paula Caitano Fontela
Marcelo de Mello Rieder
Soraia Ibrahim Forgiarini
Luiz Alberto Forgiarini Junior

Introdução e Objetivos: A longa permanência na unidade de terapia intensiva (UTI) pode contribuir para declínio na independência funcional (IF), repercutindo na qualidade de vida (QV). O objetivo foi avaliar a IF e a QV na alta da UTI e 30 após, e ainda correlacioná-las com tempo de internação na UTI, de ventilação mecânica (VM) e nº de atendimentos fisioterapêuticos. Materiais e Métodos: Estudo analítico observacional longitudinal prospectivo realizado com pacientes que estiveram internados na UTI do Hospital Cristo Redentor-POA, em VM>48h e que realizaram fisioterapia. Foi aplicado a Medida de Independência Funcional (MIF) e o questionário Short Form Health Survey (SF-36) no 1º dia após alta da UTI e 30 dias após através de contato telefônico. Resultados e Discussão: Dos 296 pacientes que internaram, 238 sobreviveram à internação e 32 foram incluídos na amostra. Na 2ª etapa, 1 paciente foi à óbito e 8 permaneciam hospitalizados. A média de idade foi de 49,1±16,3 anos, 56,2% eram mulheres e 43,8% internaram por doenças neurológicas. Todos os itens da MIF, exceto comunicação (p=0,10), melhoraram significativamente 30 dias após a alta da UTI. Dos oito domínios do SF-36, somente capacidade funcional (CF) (p=0,0001), dor (p=0,001), aspectos sociais (AS) (p=0,005) e saúde mental (SM) (p=0,006) melhoram significativamente. A melhora dos domínios CF e dor confirmam os resultados positivos obtidos na MIF. Os domínios AS e SM melhoraram, provavelmente pelo fato do paciente ter saído do hospital. Apesar da melhora funcional, alguns aspectos da QV ainda permaneciam prejudicados. Ou seja, esses pacientes não sentem a melhora funcional confirmada pela MIF. Não houve correlações entre IF e QV com tempo de VM, tempo de internação na UTI e nº de atendimentos fisioterapêuticos. Conclusão: Há melhora na funcionalidade e em alguns domínios da QV 30 dias após a alta da UTI. Estes dados não estão relacionados ao tempo de VM, de internação na UTI e nº de atendimentos fisioterapêuticos.