IMPACTO DA HIPERGLICEMIA NA MORTALIDADE DO DOENTE SÉPTICO

Área: Enfermagem

Ruy de Almeida Barcellos
FACULDADE DA SERRA GAÚCHA

ruy.barcellos@pompeia.org.br

Ruy de Almeida Barcellos
Ketlin Fedrizzi
Angela Enderle Candaten

INTRODUÇÃO/OBJETIVOS: A hiperglicemia tem como causa o aumento de glicose no sangue, mas nem sempre está relacionada ao diabetes melittus, pois a sua incidência em pacientes críticos e não diabéticos é uma resposta metabólica frequente. Algumas pesquisas, realizadas no decorrer dos anos, indicam a existência de uma relação entre a hiperglicemia e a mortalidade, uma vez que esta pode ser decorrência de diversas situações clínicas, dentre elas a sepse. O objetivo deste estudo é conhecer a taxa de mortalidade dos pacientes sépticos hiperglicêmicos e não hiperglicêmicos durante a internação em unidade de tratamento intensivo. MATERIAL/MÉTODOS: Trata-se de um estudo quantitativo descritivo com abordagem no modelo transversal retrospectivo. A amostra constitui-se de 195 pacientes sendo 160 pacientes sépticos e 35 sépticos hiperglicêmicos. Os dados foram analisados através da estatística descritiva. RESULTADO/DISCUSSÃO: Pode-se observar que os pacientes sépticos e hiperglicêmicos obtiveram uma mortalidade de 57,1% enquanto que os pacientes sépticos foram a óbito em 33,1% dos casos. A prevalência de mortalidade por sepse somando-se os dois grupos foi de 11%. Já a probabilidade de mortalidade dos pacientes sépticos hiperglicêmicos foi 73% maior em relação aos pacientes não expostos à hiperglicemia. CONCLUSÃO: Sugere-se que novos estudos sejam realizados sobre a temática devido à escassez literária e científica, ainda sugere-se a realização de ensaios clínicos, onde se poderá avaliar as correlações bem como significância das variáveis preditoras e de desfecho que impactam na mortalidade do doente séptico.