PREVALÊNCIA DE INCOMPATIBILIDADES MEDICAMENTOSAS EM Y EM UMA UTI DE UM HOSPITAL DE PRONTO ATENDIMENTO DO SUS

Área: Farmácia

Hernando Salles Rosa
HOSPITAL CRISTO REDENTOR - GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO

hernando.rosa.poa@gmail.com

Hernando Salles Rosa
Raquel Soldatelli Valente

Introdução e Objetivos: As incompatibilidades medicamentosas em Y representam um risco potencial para ocorrência de eventos adversos relacionados a medicamentos, podendo levar à diminuição do efeito ou até inativação de um ou mais fármacos. Estas administrações são constantes no ambiente da UTI, graças ao número limitado de acessos por paciente e ao grande número de medicamentos que estes recebem. O objetivo deste trabalho foi identificar as incompatibilidades mais prevalentes na UTI de um hospital de pronto atendimento público, visando avaliá-las e propor melhorias na administração de medicamentos que minimizem este problema relacionado à farmacoterapia. Material e Métodos: Foram avaliadas prescrições do segundo dia de internação de 25 pacientes, quanto a possibilidade de ocorrência de incompatibilidades medicamentosas em Y, utilizando a base de dados Micromedex. Foram excluídas da avaliação as soluções de eletrólitos, bem como os medicamentos não disponíveis na base de dados. Resultado e Discussão: Foram prescritos um total de 165 medicamentos , com uma média de 6,6 (+/-1,76) fármacos por paciente. Estes constituíram um total de 499 possíveis pares de administração conjunta, com uma média de 19,96 (+/-10,30) pares por paciente. Dentre estes foram encontradas 85 incompatibilidades (17,03%), das quais 71 (83,53%) envolviam o medicamento fenitoína. As 4 incompatibilidades mais frequentes envolviam a administração concomitante de fenitoína com os fármacos: metoclopramida (n=15), fentanil (n=12), ranitidina (n=11) e midazolam (n=10). 32 (35,30%) destas incompatibilidades envolviam a fenitoína com medicamentos tipicamente de uso contínuo (sedoanalgesia e vasoativos). Conclusão: Os resultados foram apresentados à equipe médica e de enfermagem, sendo decidido pelo desenvolvimento de um fluxograma de administração para a fenitoína, a fim de garantir sua correta administração, a manutenção da atividade farmacológica e a segurança do paciente.