IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE SEPSE GRAVE EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: PROCESSO DE EDUCAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM

Área: Enfermagem

Jaqueline Sangiogo Haas
HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE - TERAPIA INTENSIVA

jaque.haas@gmail.com

Jaqueline Sangiogo Haas
Patricia Maurello Neves Bairros
Aloma Luz da Silva
Daniela dos Santos Marona Borba
Isis Marques Severo

Introdução:A mortalidade por sepse no Brasil (46,0%) é elevada em comparação a dados mundiais (30,8%). Buscando adequação, processos institucionais têm sido discutidos e modificados em busca de resultados mais satisfatórios diante da realidade encontrada, na qual o tempo de disfunção orgânica tem média de 7,8 (±18) horas e inicio do antimicrobiano 6,9 (±13,9) horas. Objetivo: Avaliar a adesão da equipe de enfermagem das unidades clínicas, emergência, unidade de transplante e centro de terapia intensiva adulto (CTI) na capacitação presencial do protocolo institucional de sepse grave. Material e métodos:Trata-se de um estudo transversal. Foram realizados 21 encontros não obrigatórios no período de março a junho de 2015, com duração de uma hora, além da jornada de trabalho. As aulas foram ministradas pela equipe multiprofissional do Programa Intrahospitalar de Combate a Sepse (PICS). Resultados e discussão:De um total de 180 enfermeiros foram capacitados 120 (66,7%), de 412 técnicos de enfermagem 189 (45,9%) receberam capacitação e quanto aos 80 auxiliares de enfermagem, 19 (23,7%) participaram. O total geral da amostra foi de 674 profissionais, evidenciando uma adesão 48,2%. Houve maior adesão de profissionais provenientes de unidades fechadas e da unidade clínica onde são alocados pacientes portadores de germe multirresistente. No CTI participaram 95 profissionais (44%), emergência 86 (61%), unidade de transplante 46 (76,6%) e na unidade clínica 59 (66,1%). A meta de adesão era 80%. Nas referidas unidades como a frequência de pacientes com este desfecho é maior, estima-se que o grupo tenha apresentado melhor aderência. Nas demais unidades clinicas observou-se menor prevalência de participação. Isto pode ser minimizado com melhor sensibilização das equipes. Conclusão:A estratégia para mudança do cenário encontrado na instituição foi enfatizar a educação em serviço, isto possibilita aos profissionais identificar precocemente pacientes com sinais e sintomas de sepse.