ÚLCERAS DE PRESSÃO EM PACIENTES COM TRAUMA X NÃO-TRAUMA

Área: Enfermagem

Pericles Almeida Delfino Duarte
UTI GERAL, HOSPITAL SÃO LUCAS-FAG

pericles.duarte@uol.com.br

Pericles Almeida Delfino Duarte
Tatiane Cristina Tozo
Suelen Camile de Lima
Silvia Garcia de Barros Sorbara
Priscila Peliser Weirich

INTRODUÇÃO: Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) encontramos pacientes com diagnósticos médicos diferenciados, entretanto com algo em comum, todos necessitam de cuidados especiais. As úlceras de pressão (UP) constituem um importante problema, em particular entre os pacientes mais críticos. O objetivo deste estudo foi identificar se existe diferença na incidência de UP em pacientes admitidos na UTI com ou sem diagnóstico de trauma. MÉTODO: Foi realizado um estudo coorte retrospectivo de prontuários do período de 05/2013 a 12/2013 de todos pacientes internados na UTI geral de um hospital escola. RESULTADOS: Foram analisado 174 prontuários, sendo que a 14 pacientes tiveram com causa de admissão o trauma e 160 não trauma. Em ambos os grupos, houve predomínio do sexo masculino (71,4 e 55,6%, respectivamente para o grupo com e sem Trauma), A incidência de úlcera por pressão no grupo trauma foi de 14,3% sendo que destes 7,1% foram adquiridas e o outro grupo analisado (não-trauma) foram 11,2% com 5% desenvolvidos durante o internamento. Todos os pacientes do grupo trauma apresentaram lesão única; já entre os pacientes identificados como não-trauma houve uma baixa porcentagem que desenvolveu mais que uma úlcera (1,9%), e também chegaram a estágios mais avançados como III-IV (2,5%). A média de internamento também houve uma variação dos dois grupos, sendo de 6,7 (trauma) para 12,7 dias (não trauma). O APACHE II dos pacientes admitidos com trauma foi de 19,2 e sem trauma 11,8 , e a mortalidade hospitalar do trauma e não trauma foi 7,1 % e 31,8% respectivamente. CONCLUSÕES: Na população estudada as UP apresentaram uma incidência nos pacientes com trauma de 14,3% e não trauma 11,2% e que mostra que não há diferença no desenvolvimento de úlceras, porem mostra que a gravidade de úlcera (estágio III e IV) é maior nos pacientes não trauma.