PACIENTES GRAVES RECUPERAM O ESTADO NUTRICIONAL APÓS A ALTA HOSPITALAR? ESTUDO PROSPECTIVO

Área: Nutrição

Silvana Trilo Duarte
UTI DE ADULTOS - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ

silvanatduarte@uol.com.br

Silvana Trilo Duarte
Claudia Felicetti Lordani
Jaquilene Barreto da Costa
Sheila Taba
Natalia Nicola Thome
Cristina Maria Escher Hunsche
Dalas Cristina Miglioranza
Erica Fernanda Osaku
Pericles Almeida Delfino Duarte

Introdução: Pacientes criticamente enfermos passam por diferentes fases de catabolismo durante o internamento. A desnutrição é um importante fator que interfere na evolução e complicações precoces e tardias. Objetivo: Analisar a progressão do peso de pacientes sobreviventes a um internamento em UTI, 3 meses após a alta. Metodologia: Estudo de coorte em que foram analisados o peso corpóreo de pacientes internados por pelo menos 24 horas na UTI e, após a alta hospitalar, retornaram em 3 meses ao Ambulatório de Seguimento de Terapia Intensiva para avaliação. Dados de peso habitual (anterior a internação) e peso da alta hospitalar foram coletados de prontuários médicos. Peso atual foi obtido pela aferição em balança digital. Foram excluídos os pacientes acamados e com membros amputados. Os dados foram analisados pela estatística descritiva. Resultados: Entre 2008 a 2013, foram avaliados 1228 pacientes (62,6% masculinos, com idade média 41,5 ± 18,0). Destes, 8,4% apresentavam sequelas neurológicas muito graves (cognitivas e/ou motoras) sendo excluídos do estudo. Durante o internamento hospitalar, houve perda de peso média de 11,5%, quando comparado ao peso habitual. Entre a alta e o retorno ao ambulatório, os pacientes recuperaram em média 8,9% do peso. 95,8% dos pacientes estavam em dieta por via oral. Conclusões: Os pacientes sobreviventes ao internamento em UTI apresentam significativa perda de peso durante a internação, com recuperação parcial 3 meses após. Os dados demonstram a necessidade de implementação de estratégias de realimentação precoce, bem como acompanhamento nutricional.