EVENTOS ESTRESSORES PERCEBIDOS POR FAMILIARES DE PACIENTES ADMITIDOS NA UTI

Área: Psicologia

Silvana Trilo Duarte
UTI DE ADULTOS - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ

silvanatduarte@uol.com.br

Silvana Trilo Duarte
Jaquilene Barreto da Costa
Sheila Taba
Claudia Felicetti Lordani
Cristina Maria Escher Hunsche
Natalia Nicola Thome
Dalas Cristina Miglioranza
Daniela Proschnow Gund
Erica Fernanda Osaku
Pericles Almeida Delfino Duarte

Introdução: A admissão em uma UTI-G é um evento estressante tanto para o paciente como para os seus familiares. Objetivos: Avaliar os principais estressores ambientais, conforme a percepção de familiares de pacientes internados em uma UTI de adultos. Métodos: Estudo transversal descritivo com familiares de pacientes internados em uma UTI-G.Utilizou-se um formulário sociodemográfico e clínico do paciente; ficha de identificação do entrevistado; e uma escala com 25 itens, agrupados em quatro domínios: os eventos estressores relacionados ao ambiente, ao paciente, à interação equipe/família e à visita. Determinou-se o grau de estresse de cada item através de uma escala: zero (0) não estressante, até três (3) muito estressante. Resultados: Dos 53 familiares 67,9% eram mulheres, idade 39,7 anos, 33,9 % cônjuges. No geral, os familiares indicaram pelo menos um evento percebido como estressante referente à internação de um familiar na UTI. Os eventos percebidos como muito estressantes foram os relacionados ao paciente: ver o paciente em coma/sedado (66,1%), entubado (58,5%), motivo de internação (56,6%) e o paciente não conseguir falar (51%). Os itens relacionados ao contato com a equipe da UTI foram os que receberam os mais baixos escores, à exceção de “Não conhecer os membros da equipe”. Os fatores ambientais também tiveram baixa pontuação. Os fatores relacionados à visita tiveram uma pontuação intermediária, à exceção de “Não poder permanecer como acompanhante”, considerado muito estressante. Houve uma clara diferença entre os grupos “Paciente” / “Visita” versus “Ambiente” / “Equipe”, com os primeiros causando muito mais estresse aos membros das famílias. Conclusão: No presente estudo, os fatores estressantes de maior relevância relacionam-se com o sofrimento e o estado geral do paciente. Portanto, conhecer esses fatores pode ser útil para ampliar estratégias de atenção aos familiares, visando à redução dos níveis de estresse e à prevenção de alterações psiquiátricas.