ÚLCERA POR PRESSÃO NA POSIÇÃO PRONA: RELATO DE TRÊS CASOS

Área: Enfermagem

Michele Elisa Weschenfelder
HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

mweschenfelder@hcpa.edu.br

Michele Elisa Weschenfelder
Patrícia M. N. Bairros
Silvia D. Minossi
Danusa C. R. Batista
Deise M. Bassegio
Marcele Chisté
Lutiane M. S. Lautert
Karina M. Teixeira
Vanessa F. R. dos Santos
Daniele M. Piekala
Gracieli N. Deponti
Wagner S. Naue
Vanessa M. de Oliveira
Paula P. Berto

Introdução: A manobra Prona ressurgiu como importante opção terapêutica no tratamento da Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto (SARA) após demonstração de redução da mortalidade. Apesar dos comprovados benefícios, a manobra não é isenta de complicações, sendo a úlcera por pressão (UP) uma das mais prevalentes. Objetivo: Descrever a complicação UP na posição prona. Material e Métodos: Relato de 3 casos de pacientes com SARA grave, submetidos à manobra prona que apresentaram UP, no Centro de Terapia Intensiva de um hospital universitário. Resultados e discussão: Caso 1: Paciente feminina, 29 anos, obesa, acometida por Granulomatose de Wegner. Interna por pneumonia comunitária, evoluindo com choque e SARA grave (relação PaO2/FiO2 92), necessitando de vasopressor. Realizada manobra prona por 5 dias consecutivos. Apresentou UPs estágio 2 na região do tórax anterior e isquemia em mama esquerda, após a primeira manobra. Escore de Braden 10. Caso 2: Paciente masculino, 77 anos, obeso, apresentando doença pulmonar obstrutiva crônica, hipertensão arterial sistêmica, insuficiência cardíaca congestiva. Internou com pneumonia comunitária grave e evoluiu com SARA grave (relação PaO2/FiO2 74). Submetido a uma manobra prona com duração de 17h30min. Apresentou UP estágio 2 na região inframamilar. Braden 10. Caso 3: Paciente masculino, 48 anos, previamente hígido. Interna com insuficiência ventilatória, diagnosticada Influenza A. Evoluiu com choque e SARA grave (relação PaO2/FiO2 100), necessitando de vasopressor. Submetido à prona por 12h no primeiro dia e 24h no segundo dia. Desenvolveu flictena e isquemia em pavilhão auricular esquerdo e UP estágio 2 em cristas ilíacas. Braden 9. Conclusão: A despeito da implementação de medidas de prevenção para UP conhecidas na literatura e sugeridas no protocolo de cuidados da instituição, ocorreram lesões graves, remetendo à importância dos cuidados com o posicionamento e à necessidade de medidas específicas para esse perfil de paciente.