DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTE COM HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA CEREBRAL: RELATO DE CASO

Área: Enfermagem

Michele Elisa Weschenfelder
HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

mweschenfelder@hcpa.edu.br

Michele Elisa Weschenfelder
Fernanda Magalhaes Prates Pereira
Isis Marques Severo
Charlise Pasuch de Oliveira
Gláucia dos santos Policarpo

Introdução: A hemorragia intraparenquimatosa cerebral (HIC) é responsável por 10 a 20% dos acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos (AVCH), com até 65% de mortalidade em um ano. Um dos fatores de risco para a HIC é o uso de cocaína. Neste contexto clínico, o processo de enfermagem é utilizado como importante ferramenta para implementação das melhores intervenções de enfermagem. Objetivo: Relatar os diagnósticos de enfermagem (DE), segundo a taxonomia da NANDA-I, utilizados em um paciente com HIC. Material e Métodos: Relato de caso realizado em um hospital de grande porte do Sul do Brasil. Resultados e Discussão: Paciente masculino, 44 anos, negro, previamente hígido, usuário de cocaína. Chegou à emergência com Richmond Agitation Sedation Scale (RASS) -5, ventilando através de máscara laríngea, Pressão Arterial 200/127 mmHg, Frequência Cardíaca 99bpm, Frequência Respiratória 37 mrpm, saturando 99%, temperatura 35,3°C. Pele íntegra. Realizada tomografia de crânio, identificado hematoma intraparenquimatoso sem desvio da linha média. Encaminhado ao Centro de Tratamento Intensivo, submetido à intubação orotraqueal e ventilação mecânica por oito dias, Escala de Glasgow seis. Evoluiu com períodos de agitação, uso de sedativos intravenosos e enterais, difícil controle da pressão arterial com diversos medicamentos anti-hipertensivos. Apresentou melhora do estado neurológico para pontuação nove na Escala de Glasgow. Os principais DE implementados durante a internação na UTI foram: Risco de infecção relacionado a procedimento invasivo; Risco de úlcera por pressão relacionado a imobilização física; Ventilação espontânea prejudicada relacionada a fatores metabólicos. Conclusão: Frente à condição neurológica do paciente, acredita-se que o DE mais acurado, porém não estabelecido, seja Perfusão cerebral ineficaz. Com isso, pode-se demonstrar a utilização dos DE na busca das intervenções específicas no cuidado ao paciente crítico vítima de AVCH, qualificando a assistência.