BIFOSFONATOS E A OSTEONECROSE DOS MAXILARES: ASPECTOS FARMACOLÓGICOS RELEVANTES AO PACIENTE DE CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA

Área: Odontologia

LISANDRA EDA FUSINATO ZIN CIAPPARINI
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI - Campus de Erechim

Lisandra Eda Fusinato Zin Ciapparini
Wolnei Luiz Amado Centenaro

INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: Os bifosfonatos (BFs) pertencem a uma classe farmacológica utilizados para tratamento para osteoporose, doença de Paget, hipercalcemia, doença metastática e são também conhecidos por sua alta afinidade pela hidroxiapatita. Os bifosfonatos previnem a calcificação por um mecanismo físico-químico, agindo como cristais após adsorção na superfície óssea. Atuam, também, inibindo a reabsorção do osso por efeito nas células dos osteoclastos. Os bifosfonatos estão divididos em quatro gerações. 1ª Geração: etidronato e clodronato. 2ª e 3ª Geração: alendronato, pamidronato, zoledronato e ibandronato. 4ª Geração: Risedronato. A farmacocinética destes fármacos é diferente, pois o zoledronato e o pamidronato são administrados por via injetável, e o restante por via oral, mudando significativamente a absorção. A excreção destes fármacos é renal, sendo 50% acumulada em locais de mineralização óssea (por meses ou anos). Mecanismo de ação: bifosfonatos são análogos sintéticos do pirofosfato nos quais a ponte de oxigênio é substituída por um carbono, formando duas cadeias principais (R1 e R2). Assemelham-se ao pirofosfato ainda em sua ligação com a hidroxiapatita do osso. Desta forma, é de suma importância advertir o Cirurgião Dentista a respeito da farmacocinética e mecanismo de ação dos bifosfonatos, uma vez que são fármacos que podem interferir no tratamento e prognóstico odontológico. MATERIAL E MÉTODOS: O presente trabalho constará de uma revisão bibliográfica em periódicos disponíveis nas bases de dados Medline, Portal de Periódicos da CAPES, PubMed, LILACS e Bireme durante o período de 1990 – 2016. Utilizando como palavras-chave: Osteonecrose dos Maxilares, Bifosfonatos, Farmacocinética e Mecanismo de Ação. RESULTADO E DISCUSSÃO: Em face as decorrências dos bifosfonatos nos ossos gnáticos, o questionamento e o conhecimento sobre o uso destes medicamentos, podem oferecer argumentos e base científica para o Cirurgião Dentista evitar procedimentos cirúrgicos e lançar mão de outras condutas menos invasivas. CONCLUSÃO: Além do conhecimento farmacológico destes medicamentos, este trabalho também sugere, a importância de anamnese consistente e formar parcerias com a classe médica, com o intuito de realizar uma adequação bucal prévia no paciente que administrará algum tipo de bifosfonatos, minimizando complicações odontológicas futuras.