USO DE ANTIDEPRESSIVOS E ANSIOLÍTICOS ENTRE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Área: Enfermagem

ROBERTA SOLDATELLI PAGNO PAIM
Faculdade da Serra Gaúcha

Roberta Soldatelli Pagno Paim
CARLA DANIELE CORREA
SUELLEN MACIEL BORGES
VANESSA DA SILVA PINTO

INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: O uso de antidepressivos e ansiolíticos tem aumentado na população em geral. Os trabalhos desenvolvidos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) exigem uma grande demanda psicológica da equipe, uma vez que o enfermeiro se depara com diversas situações de estresse como o excesso de trabalho, contato direto e rotineiramente com o sofrimento do paciente e seus familiares, complexidade de tarefas e imprevisibilidade do estado geral dos pacientes, levando os profissionais de enfermagem a desenvolver alterações fisiológicas, emocionais, cognitivas ou comportamentais O presente trabalho tem como objetivo verificar os fatores referentes ao uso de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos por profissionais de enfermagem de UTIs. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de literatura, de cunho qualitativo. A investigação de publicações se deu nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SciELO (Scientific Eletronic Library Online) e BDENF (Base de Dados de Enfermagem). Para a busca dos artigos, foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: artigos publicados entre 2000 e 2015; nos idiomas português e inglês. RESULTADO E DISCUSSÃO: Nas UTIs a convivência com os pacientes é intensa, uma vez que todos são altamente dependentes. A equipe tem uma rotina de inseguranças, instabilidade, agilidade e variabilidade, podendo ser geradoras de estresse aos profissionais da equipe multidisciplinar, levando a má qualidade de vida, comprometendo também o atendimento, ocasionando má prestação de serviço com prejuízo institucional e na assistência aos pacientes. Pesquisa realizada junto a trabalhadores de Enfermagem de UTIs confirmou a relação entre o uso de medicamentos psicoativos e o estresse, ansiedade e sobrecarga de trabalho. Em estudo realizado com o objetivo de estimar a prevalência de depressão em trabalhadores de Enfermagem de UTIs, observou-se prevalência de 28% de depressão, sendo a dupla jornada e trabalho no turno da noite fatores relacionados ao quadro depressivo na população estudada. CONCLUSÃO: O profissional e a instituição devem avaliar os fatores estressores no ambiente de trabalho e investir em estratégias no sentido de promover a qualidade de vida e a promoção da saúde entre os profissionais de Enfermagem que atuam nas UTIs.