INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO EM CORRENTE SANGUÍNEA ASSOCIADA A CATETER VENOSO CENTRAL EM UM HOSPITAL DE PORTE IV DO RIO GRANDE DO SUL

Área: Enfermagem

ANGÉLICA MARTINI CEMBRANEL LORENZONI
Universidade Federal de Santa Maria Campus Palmeira das Missãoes

Mônica Strapazzon
Cínthia Cristina Okiveski
Angélica Martini Cembranel Lorenzoni

Introdução: Os cateteres venosos centrais (CVC) são indicados para várias terapias, como administração de medicamentos, soluções, sangue e para monitorização de parâmetros fisiológicos. Além de trazer benefícios, estes cateteres representam uma fonte potencial de infecção de corrente sanguínea. Objetivo: Avaliar a incidência e prevalência de infecção de corrente sanguínea associada a CVC em um hospital de porte IV na região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2015. Metodologia: Estudo quantitativo, retrospectivo, descritivo e exploratório. Utilizou-se o banco de dados do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da Instituição. O diagnóstico dos casos de infecção baseou-se nos critérios da Anvisa (2013). Abrangeram o estudo pacientes de ambos os sexos, de todas as idades, que utilizaram cateter venoso central no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2015 e que foram diagnosticados com infecção associada ao CVC. Discussão: A cateterização venosa profunda, no período do estudo, foi realizada em 5132 pacientes, obtendo média de 3 cateteres por dia. Apresentaram infecção associada ao cateter 52 pacientes (1,01%) com incidência de 1,08/1000 cateter dia. A média de idade dos pacientes é 31 anos com predominância do sexo masculino (55,8%). O tempo médio de permanência dos cateteres foi de 9 dias e o tipo de cateter mais utilizado nos paciente é o cano longo de polietileno (56%) seguido do PICC (cateter central de inserção periférica) em 44% dos casos. O local de inserção predominantemente foi a subclávia direita. Os microorganismos com maior relevância foram Staphylococcus coagulase negativo (46%), Klebsiella pneumoniae (15%) e Candida albicans (11%). Dos pacientes que adquiriram infecção relacionada ao cateter, 36% evoluíram ao óbito. Conclusão: As ações de prevenção de infecção relacionada ao CVC, como a padronização de rotinas e capacitação da equipe, diminui complicações, período de internação e custos hospitalares.