Intervenções farmacêuticas em uma unidade de terapia intensiva de um hospital terciário do SUS

Área: Farmácia

LUCIA COLLARES MEIRELLES
Hospital Nossa Senhora da Conceição

Lucia Collares Meirelles
Fabiana Wahl Hennigen
Tamires Bortolozzo
Clei Angelo Mocelin

Introdução: A prática clínica do farmacêutico visa proporcionar cuidado ao paciente de forma a promover o uso racional de medicamentos. O paciente crítico, por sua condição clínica, tem um risco agravado de eventos adversos relacionados à terapia. A análise de prescrição pelo farmacêutico pode reduzir os erros de medicação e otimizar a terapia, sendo um componente importante no cuidado ao paciente. Segundo estudo realizado por Reis et al. em unidade terapia intensiva (UTI) no Paraná (2013), até 14,6% das prescrições apresentaram algum problema relacionado ao medicamento, e as intervenções do farmacêutico promoveram mudanças benéficas em sete de cada dez prescrições. Objetivos: Analisar as intervenções realizadas por farmacêuticos durante avaliação das prescrições médicas de uma unidade de terapia intensiva adulto, com 59 leitos, de um hospital terciário do SUS. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo transversal retrospectivo. Os dados foram coletados do banco de dados da instituição no período de janeiro a dezembro de 2015. As intervenções foram classificadas de acordo com o conteúdo e a aceitabilidade, sendo feita uma análise estatística descritiva (freqüência e porcentagens) distribuída entre os meses analisados. Resultado e discussão: Foram avaliadas 21386 prescrições, representando 66,3% do total de prescrições da unidade. Foram realizadas 1178 intervenções farmacêuticas, com 89,8% de aceitabilidade, representando um percentual adequado quando comparado a outros estudos. As intervenções foram divididas em 20 categorias, sendo que as cinco mais prevalentes corresponderam a 67% das intervenções realizadas: dose (16%), duplicidade terapêutica (15%), apresentação (14%), forma farmacêutica (12%) e prescrição em desacordo com a complementação (10%). Conclusão: O acompanhamento farmacoterapêutico do paciente pelo farmacêutico clínico é essencial para a prevenção dos erros de medicação e otimização da farmacoterapia, em conjunto com a equipe multiprofissional.