Mortalidade de pacientes internados em CTI em uso de Terapia substitutiva renal contínua

Área: Enfermagem

DIANA DA SILVA RUSSO
Hospital Moinhos de Vento

Bianca Milena Verboski
Patrícia Friedrich
Diana da Silva Russo
Claudia Severgnini Eugênio
Aline Fantin Cervelin
Cristiane Souza dos Santos
Carolina da Silva Duarte
Daiana Barbosa da Silva

Introdução: A terapia substitutiva renal continua é altamente indicada em pacientes com insuficiência renal aguda (IRA) e alguns casos de sepse.
Objetivo: Avaliar a mortalidade dos pacientes que fazem uso de terapia substitutiva renal continua, descrever o perfil dos pacientes em uso da terapia e principais desfechos clínicos.
Metodologia: Estudo longitudinal, retrospectivo, quantitativo, envolvendo pacientes que fizeram uso da terapia de substituição renal contínua, no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2015. A coleta foi realizada por meio de informações registradas no prontuário dos pacientes. Os dados foram analisados com o programa SPSS v.18.0 e descritos em tabelas simples, realizado análise exploratória, as variáveis quantitativas foram descritas com média e DP e mediana e intervalo interquartil.
Resultados: Foram avaliados 67 prontuários de pacientes internados na unidade de terapia intensiva (UTI). Houve prevalência do sexo masculino (67,16%). As comorbidades predominantes foram diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, cardiopatias isquêmicas e doenças pulmonares. O principal motivo de internação foi sepse (49%), média do uso de terapia dialítica foi de 13,6 dias, média de internação foi de 27,5 dias. Todos os pacientes necessitaram de uso de vasopressor. Os principais desfechos encontrados foram óbitos 70,59%, hemodiálise intermitente 20,59% e alta da UTI 8.82%. A mortalidade durante a internação na CTI em pacientes que utilizaram a terapia foi de 70,59%, e desses pacientes 8.82% receberam alta da CTI.
Conclusão: A maioria dos pacientes é grave, desenvolveram IRA e evoluíram para choque séptico, necessitando de terapia substitutiva renal continua. Acredita-se que a identificação precoce da IRA pode minimizar as complicações clínicas, morbidade e mortalidade, melhorando a evolução e desfechos clínicos desses pacientes.
Descritores: Unidades de terapia intensiva; insuficiência renal, pacientes internados.