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INCIDÊNCIA E FATORES RELACIONADOS À DISFAGIA OROFARÍNGEA PÓS-EXTUBAÇÃO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: REVISÃO SISTEMÁTICA

Tema: Fonoaudiologia

ROBERTA WEBER WERLE, EDUARDO MATIAS DOS SANTOS STEIDL, RENATA MANCOPES

UFSM
SANTA MARIA/RS



Introdução: Pouco se sabe sobre a prevalência ou causa da disfagia em sobreviventes de doença grave com alterações neurológicas primárias recém extubados. Seus fatores de risco e os efeitos da disfagia nos resultados destes doentes são relativamente inexplorados. Objetivo: Avaliar a incidência e fatores relacionados à disfagia pós-extubação de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), por meio de uma revisão sistemática.

Material e Métodos: Foi realizada pesquisa bibliográfica nas bases PubMed, ScienceDirect e Scopus, utilizando os termos “epidemiology”, “incidence”, “deglutition disorders”, “intensive care units”, “airway extubation”, “respiration artificial”. Critérios de seleção: Foram incluídos apenas estudos entre 2006 e 2016, nas línguas Portuguesa, Inglesa ou Espanhola, que apresentassem dados referentes à incidência de disfagia em pacientes submetidos à intubação orotraqueal (IOT) em UTI. Apenas os estudos disponíveis na íntegra foram incluídos. Análise dos dados: Cada artigo passou pela análise de títulos e resumos, sendo posteriormente submetido a avaliação na íntegra por dois juízes cegados. Os seguintes dados foram extraídos: autores/ano, país onde foi realizado, desenho, amostra (total da amostra/disfágicos), diagnósticos, instrumentos de avaliação para disfagia e frequência de disfagia. Resultado: Foi encontrado que a incidência de disfagia variou entre 38,1 e 93% e tempo de IOT, ventilação mecânica (VM) e sepse como fatores relacionados à disfagia.

Conclusão: Grande variabilidade de incidência de disfagia pós-extubação e tempo de IOT, VM e sepse como fatores relacionados de maior relevância para o desenvolvimento da disfagia orofaríngea nos sujeitos internados em UTI.




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