PERFIL DOS PACIENTES COM DERIVAÇÃO VENTRICULAR EXTERNA INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Tema: Enfermagem

NATHALIA GUSTAVO PINHO, JéSSICA TEIXEIRA RODRIGUES LISBOA, LúCIO DE QUADROS GALVãO, CAREN MELLO GUIMARãES

Universidade Feevale
Novo Hamburgo/RS

Introdução: A Derivação Ventricular Externa (DVE) é um procedimento neurocirúrgico com implantação de cateter nos ventrículos para tratamento de hipertensão intracraniana (HIC), hemorragia subaracnoide (HSA), intraventicular e hidrocefalia. Objetivos: Identificar o perfil dos pacientes com DVE na Unidade de Terapia Intensiva Adulto (UTI), comorbidades prévias, motivo da intervenção, tempo de permanência em UTI, tempo de permanência com DVE e desfecho clínico.

Material e Métodos: Estudo descritivo quantitativo, retrospectivo. Utilizou-se banco de dados da Sala de Recuperação do Centro Cirúrgico para busca de prontuários eletrônico, no período de janeiro de 2016 a janeiro de 2017. Resultado: Foram incluídos 15 pacientes no estudo, obtendo uma média de 1,25 procedimentos ao mês com média de idade de 59 anos, sendo 53% do sexo feminino. Destes, 67% não possuíam comorbidade descrita, 33% apresentavam uma ou mais comorbidades (hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, obesidade, depressão, acidente vascular cerebral (AVC) prévio, trombose venosa profunda, hiperplasia prostática e insuficiência vascular periférica). Quanto ao diagnóstico de internação, 73% estavam internados por AVC hemorrágico (AVCH), 13% por AVC isquêmico, 7% traumatismo cranioencefálico e 7% meningite. O motivo de colocação da DVE prevalente foi a HSA com 53% dos casos, o hematoma subdural 23%, hidrocefalia 18% e HIC 6%. A média de permanência com DVE e de internação na UTI , foram respectivamente seis e 10 dias. Dos 15 pacientes, 53% obtiveram alta da UTI, 40% óbito e 7% transferência inter-hospitalar.

Conclusão: O perfil dos pacientes constitui-se predominantemente sexo feminino, com idade média de 59 anos ambos os sexos. A maioria com ausência de comorbidades. O AVCH e a HSA foram prevalentes no diagnóstico e no motivo de colocação de DVE respectivamente. Fica notório a importância da atuação da equipe multidisciplinar no manejo ao paciente com DVE para prevenção de complicações da mesma.