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O desfecho dos pacientes com hemorragia subaracnóidea num centro de referência: estudo observacional

Tema: Multidisciplinar

NATÁLIA BRITZ DE LIMA, LUISA GOMES KLEIN, JULIANA GIBBON NEVES, ADILSON ADAIS BOES, GABRIELA DA SILVA, VANESSA PEGORARO MASCHKE, JOãO SAMUEL RENCK, CARLA BITTENCOURT RYNKOWSKI

Hospital Cristo Redentor
Porto Alegre/RS

INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: a hemorragia subaracnóidea aneurismática (HSAa), emergência neurocirúrgica, ocorre pela ruptura súbita de um aneurisma. Sua repercussão pode ser devastadora. A mortalidade chega a 45% no 1° mês após o evento. Metade dos sobreviventes evoluem com sequelas incapacitantes. Pretende-se avaliar o desfecho dos pacientes com HSAa atendidos no Hospital Cristo Redentor (HCR), referência local para atendimento dessa patologia. MATERIAL E MÉTODOS: estudo prospectivo com todos pacientes internados no HCR com HSAa entre Agosto de 2016 e Maio de 2017. RESULTADOS: do total de 40 pacientes, 75% eram mulheres, com idade entre 26 a 80 anos (média 55,18; ±12,56). Cerca de 57% destes apresentavam hipertensão arterial e 59% era tabagista. Na apresentação inicial, 73% tiveram cefaleia e 43%, síncope. A maioria foi transferida de outros centros (72%). Considerando as escalas do atendimento inicial, 40% apresentavam Hunt & Hess 2 e 70% Fisher 4. Dos 31 pacientes tratados, a correção foi cirúrgica em 72% dos casos. Necessitaram de derivação ventricular externa 63% dos casos. Em 47% dos pacientes foi monitorizada a pressão intracraniana. Em torno de 56% dos casos foi necessária ventilação mecânica (VM) por mais de 48 horas. Destes, 75% foram submetidos a traqueostomia. A complicação clinica mais comum foi pneumonia associada a VM (29% dos casos). Das complicações neurológicas, 35% apresentaram meningite, 35% infarto cerebral, 12% vasoespasmo e 12% ressangraram. A mortalidade hospitalar foi de 18%. Na alta hospitalar, 30% apresentavam Escala de Rankin modificado (ERm) 4 (30%) e 30% ERm 5. CONCLUSÃO: Tanto a mortalidade hospitalar, como o desfecho funcional apresentam taxas similares às de outros centros de referência para atendimento da HSAa. Dados de centros de grande volume possibilitam um melhor entendimento da epidemiologia desta patologia. O conhecimento desses resultados também é o passo inicial para o desenvolvimento de ações que otimizem a assistência.




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