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Medidas Não Farmacológicas para Prevenção do Delirium e o Papel da Equipe de Enfermagem em Terapia Intensiva

Tema: Enfermagem

PATRICIA CRISTINA CARDOSO, ADRIANE NUNES DINIZ, KARINA MESQUITA TEIXEIRA, JULIANA TEIXEIRA DA SILVEIRA, RANI SIMõES DE RESENDE, ERICA BATASSINI, FERNANDA DOS REIS

HCPA
Porto Alegre/RS

Introdução e objetivo: O delirium é um estado confusional agudo associado a maior mortalidade na unidade de terapia intensiva e comprometimento da recuperação funcional em longo prazo. A equipe de enfermagem em terapia intensiva tem papel importante no reconhecimento precoce do delirium, bem como na promoção de medidas que podem evita-lo. Nesse contexto, este estudo teve como objetivo verificar na literatura quais medidas não farmacológicas poderiam ser utilizadas pela enfermagem para prevenção do delirium em pacientes críticos. Material e métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura com busca nas bases de dados Bireme, utilizando as palavras chaves: delirium, cuidados críticos, cuidados de enfermagem, enfermagem, nos idiomas português, inglês e espanhol, publicados entre os anos de 2010 a 2017. Resultados: Foram encontradas na literatura as seguintes intervenções não farmacológicas que podem ser adotadas pela equipe de enfermagem: Minimizar a privação do sono, diminuindo a intensidade da luz e ruído ambiental, bem como os procedimentos durante a noite; Aplicar ferramentas para avaliação da dor, bem como realizar seu controle; Retirar dispositivos invasivos tão logo quanto possível; Aplicar um instrumento validado para detecção precoce do delirium, como Confusion Assessment Method for the ICU (CAM ICU) e Intensive Care Delirium Screening Checklist (ICDSC); Permitir o uso de óculos e próteses auditivas; Permitir que o familiar acompanhe o paciente na internação, com horário ampliado; Mobilizar precocemente o paciente; Orientar o paciente em tempo e espaço frequentemente; Permitir que o ambiente da UTI permita ao paciente ter percepção de noite e dia, por janelas e luzes, bem como colocação de relógios e calendários próximos ao paciente.

Conclusão: A instituição de medidas preventivas não farmacológicas é uma forma viável e eficaz para reduzir a incidência de delirium.




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