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Resíduo gástrico em pacientes críticos: recomendações atuais

Tema: Enfermagem

KARINA MESQUITA TEIXEIRA, FERNANDA DOS REIS, ERICA BATASSINI, RANI SIMõES DE RESENDE, JULIANA TEIXEIRA DA SILVEIRA, ADRIANE NUNES DINIZ, PATRICIA CRISTINA CARDOSO

Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Porto Alegre/RS



Introdução: Distúrbios do trato gastrintestinal superior são frequentes em pacientes críticos. Estudos sugerem que a diminuição do esvaziamento gástrico está associada com piores resultados clínicos nestes indivíduos. Na prática o esvaziamento gástrico pode ser estimado através da aferição do resíduo gástrico (RG), porém as indicações e técnicas para este procedimento ainda são controversas. Objetivos: Sumarizar as recomendações sobre RG aumentado, indicações para sua aferição e manejo clínico em adultos críticos. Método: Revisão de literatura realizada no Portal de Periódicos Capes, nos idiomas inglês, espanhol e português, a partir dos descritores: Resíduo Gástrico combinado com Cuidados Críticos ou Terapia Intensiva. Resultados: A literatura revisada aponta que a aferição de RG não é padronizada ou validada e que muitas recomendações derivam de opinião de especialistas. Guideline da American Society for Parenteral and Enteral Nutrition, publicado em 2016, recomenda que a monitorização do RG não seja realizada como cuidado de rotina nos pacientes críticos. Estudos demostraram que esta medida aumenta as interrupções na oferta de dieta e não reduz outros desfechos, como pneumonia associada a ventilação mecânica. As recomendações atuais sugerem que RG >200 mL em medida única deve alertar para cuidados como elevação da cabeceira e vigilância para a possibilidade de regurgitação e aspiração. Entretanto, na ausência de outros sinais de intolerância, a interrupção da dieta somente é indicada quando o RG for >500mL em medida única. Já volume >1000mL em 24 horas é um sinal de esvaziamento gástrico anormal, que deve ser investigado. Estudos recentes abordaram o uso da ultrassonografia para avaliação do RG à beira do leito, o que pode ser uma alternativa útil na prática clínica.

Conclusão: A verificação de rotina do RG não é recomendada, bem como as interrupções da dieta por RG




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