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Incidência de eventos adversos e características clínicas de pacientes submetidos à posição prona em uma Unidade de Terapia Intensiva

Tema: Enfermagem

DULCE INES WELTER, MELISSA CARLETI, MIRIANE MELO SILVEIRA MORETTI, DANIELE MARTINS PIEKALA, PATRICIA MAURELLO NEVES BAIRROS, DANUSA CASSIANA RIGO BATISTA, SILVIA DANIELA MINOSSI, MELINA SILVA DE LORETO, VANESSA MARTINS DE OLIVEIRA

Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Porto Alegre/RS

Introdução e Objetivos: Síndrome da angústia respiratória aguda é uma forma grave de lesão pulmonar comum nas unidades de terapia intensiva(UTI), com alta taxa de mortalidade em torno de 50%. O uso da posição PRONA demonstrou melhora da ventilação/perfusão e redução das taxas de mortalidade. Entretanto, algumas complicações são relatadas, sendo as mais frequentes lesões de pele(LP) (PARK, 2015). O objetivo desse estudo é descrever as características clínicas em pacientes pronados, e os aspectos relacionados à manobra e sua correlação com a incidência de LP.

Material e Métodos: Pesquisa coorte retrospectivo realizado de mar/16 a mar/17 em um hospital universitário de Porto Alegre. A amostra é constituída da análise parcial dos pacientes pronados na UTI. Os dados foram coletados no prontuário eletrônico, com instrumento estruturado. Aprovado pelo Comitê de Ética(1.903.952).Resultado: Foram incluídos 11 pacientes, com média de idade de 41,1(±15,05) anos, 82% masculino. Patologias prévias: 36% com neoplasia hematológica; Motivo da internação: choque séptico 63%, sepse respiratória 27% e pancreatite 9%. Causa principal de SARA: pneumonia 82% e sepse abdominal 9%. Quanto as terapias adjuvantes 91% uso de vasopressor, 64% terapia dialítica contínua. O tempo médio de PRONA foi 18(±4,2) horas, IMC:30,2(±6,5), Braden:9(±1). Quanto às complicações, não houve ocorrência de retirada acidental/deslocamento de dispositivos, entretanto 27% apresentaram LP pós manobra: tórax 18%, joelho 18%, coxa anterior 9%.

Conclusão: A análise parcial dos dados demonstra que não houve descrição de evento adverso durante as manobras e que nossa incidência de lesões(27%) é menor do que a relatada na literatura(57%). Não há correlação significativa entre uso de vasopressor, tempo de prona e LP. Já para IMC a relação é positiva, porém não significativa (P=0.185), no entanto trata-se dados parciais, pacientes jovens e N pequeno. A análise da amostra total é necessária para melhor avaliação dos dados.




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