Design Sem Nome 2

A atuação da enfermagem para preservar a voz do paciente na UTI

Quando o paciente é internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) ele necessita de cuidados especializados e intervenções avançadas de saúde, cujo principal objetivo dessa internação é a preservação da vida. Entre outras intervenções, a inserção de via aérea avançada é uma das intervenções mais comuns na UTI. Hoje sabe-se que apesar de salvar vidas, a permanência do tubo orotraqueal traz riscos ao paciente, entre eles, lesão permanente de laringe, traqueia e pregas vocais.


Atuação da enfermagem
Mas afinal, como a equipe de enfermagem pode contribuir para diminuir os riscos e preservar ao máximo a capacidade vocal dos pacientes submetidos à ventilação mecânica invasiva?

Adesão à todas as medidas de prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica;
Manutenção do balonete (ou cuff) com pressões entre 18 a 22 mmHg ou 25 a 30 cmH2O, com verificação rotineira da pressão ao menos quatro vezes por dia e antes da higiene oral;
Manutenção da fixação segura do TOT ou da traqueostomia;
Indicação de traqueostomia precoce a depender do quando:
a. Traqueostomia em até sete dias: vítimas de trauma raquimedular (TRM) de c5 ou superior (lesão inferior a depender do caso); traumatismo cranioencefálico (TCE) com escala de coma de Glasgow <8; trauma fora do sistema nervoso central mas com expectativa de necessidade de VM prolongada;

b. Avaliar em até 14 dias: pacientes clínicos com necessidade de VM. Estudos mostram que traqueostomia em pacientes que necessitam de VM por menos de 30 dias, a traqueostomia não traz benefícios;

c. Pacientes com falha de extubação.

Além desses cuidados é importante a articulação das ações multiprofissionais para diminuir o tempo de ventilação mecânica e acelerar o processo de reabilitação pós-extubação....

Fonte: Juan Carlos Silva Araújo - PEBMED